Utilidade Pública!
por Carlos Henrique Vilela
Essa regrinha acima foi criada pelo Guy Kawasaki – um cara brilhantes que já foi Chief Evangelist in Office da Apple nas décadas de 80 e 90, escreveu livros sensacionais sobre inovação, é investidor bem sucedido, além de palestrante requisitado mundialmente.
Apesar dele chamar de regra, é importante frisar que se trata apenas de uma metodologia que, na opinião dele, ajuda a vender bem um negócio ou uma ideia. Aliás, ele conta que o 10/20/30 nasceu de algo que o cansava muito. Como investidor, assistiu a centenas de apresentações de empreendedores sobre suas empresas. E, segundo ele, a maioria delas era péssima: 60 slides sobre ‘uma patente pendente’, ‘a vantagem de sair na frente’ ou ‘tudo que precisamos fazer é pegar 1% da população da China pra comprar nosso produto’.
A ideia dele é bem simples: uma apresentação deve ter 10 slides, não durar mais do que 20 minutos e conter nenhuma fonte abaixo do tamanho 30. Essa técnica, diz, é aplicável para qualquer apresentação que visa convencer alguém sobre alguma coisa.
As razões, Segundo ele, são as seguinte:
• 10 slides: O ser humano normal não consegue compreender mais de 10 conceitos em uma reunião. Ou seja, 10 slides resolvem o problema. Se a pessoa precisa de mais de 10 slides para explicar uma ideia, afirma, ela provavelmente não tem uma boa ideia. Pra ele, esses 10 slides podem ser divididos em:
1. Problema
2. Sua solução
3. Modelo de negócio (ou estratégia)
4. Tecnologia
5. Marketing e vendas
6. Concorrência
7. Equipe
8. Projeções e milestones
9. Status e cronograma
10. Resumo e call to action
• 20 minutos é tempo suficiente para 10 slides, destaca. Mesmo que você tenha uma hora para apresentar, ele lembra que você corre o risco de levar 20 minutos para fazer seu laptop funcionar com o projetor, as pessoas podem se atrasar. Agora, se tudo correr bem, você tem 40 minutos de sobra para discussão.
• Fonte de tamanho 30: A maioria da apresentações que já viu, conta Kawasaki, usa fonte tamanho 10, enche a tela de dados e o apresentador lê tudo o que está lá. No entanto, quando a platéia nota que você está lendo o texto, começa a ler antes de você, já que as pessoas conseguem ler mais rápido do que você consegue falar. O resultado é a falta de sincronia entre apresentador e público. As razões para usar fonte pequena, diz, são: primeiro, as pessoas não conhecem bem o material que vão apresentar e, segundo, pensam que quanto mais texto há, mais convincente é a apresentação – o que é uma bobagem, comenta.
Na verdade, ele usa a fonte maior como uma maneira de incentivar as pessoas a montar slides mais sintéticos, focados em uma ideia central. Isso obriga a encontrar os pontos mais salientes e a saber como explicá-los bem, diz. Agora, se você acha o tamanho 30 dogmático demais, ele sugere: descubra a idade da pessoa mais velha da platéia, divida por 2, e vai descobrir o melhor tamanho de fonte.
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